terça-feira, 18 de novembro de 2014

Love Game - 15º Capítulo



"The saddest day of my life.."





Não houve mais nenhum movimento partindo de seu corpo desde então. Saí do hospital e fui para casa. Fiquei no quarto até o dia acabar e dormi cedo. Sexta feira chegou trazendo nuvens escuras logo pela manhã. O dia esfriou e decidi andar de bicicleta. Ryan passou em casa para me buscar e sairmos. Fomos no cinema e tomei um sorvete. Estava tudo tão sem graça, sem emoção. Eramos apenas eu, Ryan e Chaz. Indo e voltando no hospital. E nada do Justin melhorar.
Sabado chegou e era o dia do enterro da minha família. Acordei sem vontade de levantar da cama, porém, o enterro seria as 13h, tinha de me arrumar logo. Demorei quase 3 horas para ficar pronta. Mal toquei no café da manhã e logo fui para o cemitério. Não estava nem um pouco afim de ver aquele monte de gente que eu nem lembro o nome me dizendo que sente muito. Isso só torna tudo mais triste. Sentei em uma daquelas cadeiras e fiquei quieta por  uns 30 minutos até que ouvi uma sirene. Olhei para trás e vi uma viatura chegando e meu pai desceu algemado. Disseram que ele podia ficar o dia conosco até as 15h.
Abracei meu pai e ele ficou comigo. Conversamos um pouco e ele disse que se desse sorte, mais algumas semanas e ele estaria em casa. Ryan cumprimentou meu pai e sentou do meu lado.
-Como o Justin está, minha querida? - ele perguntou me abraçando
-Nem sei pai... Ele não está diferente de quando entrou lá. Não acorda, não se mexe, não fala.. Nada. - disse já querendo chorar.
-Ei, ei.. - ele disse limpando a lagrima que não consegui segurar - Ele vai ficar bem, filha. - e deu um beijo em minha testa.

[...]

Não irei comentar sobre o enterro. Foi a coisa mais triste que já passei em toda a minha vida. Posso dizer que fiz um discurso rapido e logo fui embora.
Meu pai foi embora e voltei a minha rotina. Decidi ir para o hospital e passar o resto do dia la. Justin sempre foi meu amigo e sempre esteve do meu lado quando eu precisava. E ele era a pessoa que eu queria estar ao lado nesse momento, mesmo que inconsciente.

[...]

Me sentei na poltrona ao lado do leito e fiquei de mão dada com ele.. Contei algumas coisas que estavam acontecendo e contei sobre o enterro. Falei tudo que estava sentindo, tudo que estava pensando. Desabafei completamente. Quando olhei no relógio pela ultima vez, eram quase 20h. Acabei dormindo ali mesmo.
-Ei, garota. Você precisa ir embora.
Acordei. Com a visão completamente embaçada, vi uma mulher muito bonita na minha frente. Ela estava toda de branco e havia alguns aparelhos com ela. Levantei assustada.
- O que você vai fazer?
-Calma, eu só vou medir a pressão desse garoto. Está tudo bem. Mas o horário de visita acabou faz algum tempo, você precisa ir embora.
-Ah, tá.. - cocei os olhos e olhei pra ele. - posso me despedir?
-É claro.. - ela sorriu e saiu.
-Ah Jus.. Eu tenho que ir embora.. Quem me dera se eu pudesse passar a noite aqui.. - sorri pensando nessa possibilidade - Amanhã eu volto tá bom? Obrigada por ter me escutado hoje. Eu amo você.
Me abaixei para beijar sua mão. Levantei para dar uma ultima olhada para seu rosto e vi seus olhos mexerem. Até que, depois de 2 semanas, vi aqueles olhos cor de mel novamente.

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